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Absorção

Quando inalado é absorvido pelo trato respiratório.

A nível cutâneo: cerca de 80% do gás mostarda evapora, 10% permanece na pele e 10% é absorvido sistemicamente. Pode penetrar na pele por contacto na forma liquida ou vapor, sendo a índice de penetração proporcional à dose, temperatura e humidade [1],[5].

80%
20%
10%
Gás Mostarda
70-80%
Gás Mostarda

Distribuição

O gás mostarda é muito lipofílico e é expetável que se acumule em tecidos com elevado teor de lípidos [2].

Relativamente à distribuição ao nível dos órgãos, segue o seguinte padrão de distribuição: 

cérebro> rim> fígado> baço> pulmão [2]

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Metabolismo

Biotransformado por reações de alquilação, hidrólise e oxidação [4].

O principal metabolito formado é o tiodiglicol, que sofrerá S-oxidação, formando-se sulfóxidos e sulfonas. Estes sofrerão posterior  conjugação com a glutationa, essencialmente [3],[4], [5].

Excreção

A excreção do gás mostarda ou dos seus metabolitos, incluindo o principal o tiodiglicol, é principalmente urinária [5], [6].

Em modelos animais, a excreção urinária começa 6 a 8 horas após a contaminação com um pico entre o 1º e o 4º dia. No entanto, vestígios podem persistir na urina até uma semana após a contaminação [6]

Tiodiglicol

Tiodiglicol sulfóxido

Hidrólise e oxidação

Gás Mostarda

Ião Sulfonium

Ião carbenium

glutationa Mono-N-acetilcisteína

glutationa Bis-N-acetilcisteína

1,1-sulfonil bis 2- metilsulfiniletano

 β-liase

1 metilsulfinil 2-

[2 metiltioetilsulfoniletano]

Esquema adaptado de [7]

Referências:

[1] Walton, L., Maynard, R. and Murray, V., 1996. Mustard Gas. [online] Inchem. Disponível em: <http://www.inchem.org/documents/pims/chemical/mustardg.htm> [Consultado a 8 de abril de 2020].

[2] International Agency for Research of Cancer (2012).Chemical Agents and Related Occupations. IARC Monographs On The Evaluation Of Carcinogenic Risks To Humans. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, 100F, 442-443.

[3] Ghabili, K., Agutter, P. S., Ghanei, M., Ansarin, K., Panahi, Y., & Shoja, M. M. (2011). Sulfur mustard toxicity: History, chemistry, pharmacokinetics, and pharmacodynamics. Critical Reviews in Toxicology, 41(5), 384–403.

[4] John, H., Balszuweit, F., Kehe, K., Worek, F., & Thiermann, H. (2015). Toxicokinetic Aspects of Nerve Agents and Vesicants. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents, 817–856.

[5] Rosemond, Zemoria A.; Beblo, Dolores A.; Amata, Richard. (2003). TOXICOLOGICAL PROFILE FOR SULFUR MUSTARD. Agency for Toxic Substances and Disease Registry, 82–89.

[6] Mérat, S., Perez, J., Rüttimann, M., Bordier, E., Lienhard, A., Lenoir, B., & Pats, B. (2003). Intoxication aiguë par arme chimique vésicante : l’ypérite. Annales Françaises d’Anesthésie et de Réanimation, 22(2), 108–118.

[7] Etemad, L., Moshiri, M., & Balali-Mood, M. (2019). Advances in treatment of acute sulfur mustard poisoning – a critical review. Critical Reviews in Toxicology, 49(3), 191–214. doi:10.1080/10408444.2019.1579779 

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